-
- 08 set
Sonhar grande e acreditar no futuro: a trajetória de Amanda Gatto
Sabe aquela sensação de olhar para o céu e sonhar com as estrelas? Para Amanda Gatto, nossa ex-aluna, esse sonho não só ganhou forma, como a levou para lugares que muitos de nós só vemos nos filmes. Hoje, ela está nos Estados Unidos, fazendo seu PhD em uma das universidades mais renomadas, a Universidade de Illinois, e sua história é a prova de que um bom começo pode nos levar a qualquer lugar.
A trajetória da Amanda é uma daquelas que enchem a gente de orgulho. Logo depois de se formar aqui no colégio, ela começou a cursar Engenharia Aeroespacial na UFMG. O objetivo era claro: trabalhar com satélites. Mas, como todo bom sonhador, ela percebeu que para voos mais altos, precisaria de um universo de novas possibilidades. Foi aí que ela arrumou as malas e, com uma bolsa de estudos, partiu para a Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.
E foi lá que a mágica aconteceu. Amanda não apenas estudou física, sua grande paixão, como colocou a mão na massa, ou melhor, no satélite! Ela fez parte de um projeto, o SOCRATES, um pequeno satélite desenvolvido e lançado pela própria universidade. “Uma das missões do SOCRATES era detectar emissões solares. Eu contribui para a calibração, construção, e integração do detector de raios-X do satélite”, conta ela, com a naturalidade de quem fala sobre um trabalho de escola, mas que, na verdade, estava ajudando a desvendar os segredos do sol.
Essa experiência com o satélite foi só o começo. Amanda é curiosa, inquieta. Durante a graduação, seus olhos brilharam para outras áreas da física, como a informação quântica e a matéria condensada. Parece complicado? Para ela, é fascinante. Hoje, em seu PhD, ela estuda a “interação entre simetrias generalizadas, emaranhamento quântico, e fases exóticas da matéria”. É como se ela estivesse na fronteira do conhecimento, explorando coisas que vão definir o futuro.
Mas como uma jovem que andava pelos mesmos pátios que nossos alunos andam hoje desenvolveu a capacidade de liderar sua própria jornada? A resposta, segundo ela, começou a ser escrita aqui mesmo, no Santo Antônio. Ela lembra que a independência e a autonomia que o colégio oferece foram fundamentais.

“Aprendemos que a disciplina para aprender deve vir da gente mesmo”, explica Amanda. “Essa autossuficiência de saber decidir o que eu tenho de fazer com o meu tempo para aprender o que eu quero é essencial para a minha carreira de pesquisadora. Tomar as rédeas do próprio trabalho e do próprio estudo é parte da minha carreira, e é uma habilidade que eu comecei a desenvolver no Santo Antônio.”
Além da mentalidade, a base forte nos estudos fez toda a diferença. As aulas de matemática, como álgebra, geometria e trigonometria, criaram um alicerce sólido que a permitiu caminhar com segurança na faculdade.
Claro que o caminho teve seus desafios. Morar longe da família e dos amigos, especialmente durante a pandemia, não foi fácil. Mudar de rumo na pesquisa algumas vezes também trouxe incertezas. Mas Amanda encara tudo como parte do processo. “Sou muito grata por ter tido a oportunidade de explorar tantos dos meus interesses diferentes, até achar uma combinação de várias coisas que eu amo estudar!”, ela afirma, mostrando uma maturidade inspiradora.
Essa paixão por aprender também se transformou em uma paixão por ensinar, algo que ela também descobriu aqui. “Depois que as provas finais acabavam, eu voltava para o colégio para ajudar meus amigos a estudar física na biblioteca. Isso me fez perceber que, além de fazer pesquisa, eu também quero dar aulas”, revela Amanda, que planeja se tornar professora universitária e, quem sabe, um dia voltar para o Brasil.
Para os alunos que hoje estão decidindo seus futuros, Amanda deixa um conselho que aprendeu com um de nossos professores e que hoje faz todo o sentido para ela: sigam o coração. O caminho pode não ser uma linha reta, mas é a paixão que nos move e nos dá a força para transformar desafios em crescimento.
A história da Amanda nos mostra que os sonhos construídos aqui têm o poder de alcançar as estrelas. E que, com a base certa e a coragem para explorar, não há limite para o que nossos alunos podem se tornar.
