Ex-aluna participa de descoberta revolucionária sobre a covid-19

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    Ex-aluna participa de descoberta revolucionária sobre a covid-19

    A cientista Marcela de Oliveira participou de pesquisa que ajudará no tratamento da doença. Ex-aluna do Colégio, ela conta sobre sua trajetória e dá dicas aos alunos

     

    A ex-aluna Marcela Helena Pereira de Oliveira, junto com colegas pesquisadores, participou de uma descoberta muito importante que associa a morte por covid-19 com a anomalia de uma célula que regula a resposta imunológica. A descoberta foi destaque em diversos veículos de comunicação nacionais e internacionais. Os dados podem servir para criar novos exames prognósticos relacionados à covid-19. Com eles, os cientistas poderão começar a trabalhar com novas terapias e evitar uma evolução fatal da doença.

     

    O trabalho de doutorado da Marcela foi premiado como o melhor poster de doutorado no congresso brasileiro de virologia em 2019

     

    Marcela estudou no Colégio Santo Antônio, graduou-se em Biomedicina na Unifenas e fez seu mestrado e doutorado na UFMG. Hoje ela trabalha no departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB/UFMG e faz pós-doutorado.

     

    “Minhas pesquisas buscam conhecer melhor a resposta imune durante infecções virais de doenças como a dengue e a covid-19,” revela.

     

    Para chegar ao sucesso e reconhecimento profissional, Marcela atravessou um percurso de muita batalha. Em 2004, a cientista conquistou uma bolsa de ensino integral no CSA, para estudar no período noturno. Ela conta que o primeiro ano foi de muitas mudanças, superação e força de vontade.

     

    Marcela, professor Rafael e a sua amiga Camila, também ex-aluna, em uma visita ao Colégio em 2018

     

    “A minha história no Colégio Santo Antônio começou no final do ano de 2004, quando minha mãe ficou sabendo que haveria uma prova de seleção para bolsa integral, no período noturno. Fiz a prova e passei. As aulas acabavam às 22h45, o SC04 passava por volta das 22h50 e me deixava na Praça da Estação, onde eu pegava outro ônibus, às 23h15. Se eu perdesse esse, o próximo seria somente 40 minutos depois. Obviamente eu o perdi muitas vezes e cheguei em casa depois da meia-noite. Eu sabia que não seria fácil, mas também tinha completa noção de que era minha única oportunidade para que um dia eu fosse a primeira da minha família a cursar uma graduação. Eu estava determinada”, conta.

     

    Ela lembra com carinho da sua experiência dentro do Colégio: da biblioteca, dos laboratórios, das aulas de ballet (uma paixão desde a infância) e da sua participação no grupo Gambiarra e no coral do CSA. “Tudo era incrível, foram muitas informações novas! A infraestrutura do Colégio fazia meus olhos brilharem, era algo de outro mundo para mim. E é impressionante como aprender no Colégio Santo Antônio é estimulante. Era espantoso como que eu ficava encantada todos os dias com o que o Colégio me oferecia e eu experimentei cada pedacinho”, relembra.

     

    “Eu lembro que eu quis fazer teatro pois era extremamente tímida. Hoje sei que isso foi a base que me possibilitou apresentar nos congressos e dar aulas atualmente”.

    Na 2ª Série, Marcela trocou a sua paixão pelo ballet por outro amor: a ciência. Já nessa época, ela tinha a certeza de que seria uma cientista. Mas junto a esse novo amor, veio a necessidade de um salário e um trabalho fixo. Marcela teve de conciliar as aulas no Colégio com uma atividade remunerada. Ela trabalhou na Coca-Cola, em uma empresa de construção civil e foi menor aprendiz.

     

    “A 2ª Série não foi fácil; pelo contrário, foi cheia de desafios. Tive que aprender a me dedicar ao máximo a cada segundo que me restava para estudar.”

    Marcela superou diversos momentos difíceis na sua vida e seguiu em frente com muita dedicação, fé e coragem. Após concluir a 3ª Série, ela conquistou uma bolsa integral para estudar Biomedicina na Unifenas-BH. Durante o curso, ela fez estágio no laboratório de dengue e febre amarela da Funed. Mais uma vez superando obstáculos, Marcela conseguiu uma vaga no departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB/UFMG, onde trabalha há 10 anos como cientista.

     

    Marcela e seus colegas de pesquisas

     

    “O Colégio Santo Antônio foi o divisor de águas em minha vida. Foi o CSA que abriu as portas para um universo que não era palpável para mim. Ele foi um facilitador para meu conhecimento e meu ingresso na graduação. Pude ver o quanto meu mundo era restrito e o tanto que ele se ampliou depois que comecei a estudar lá,” explica.

     

    Por fim, Marcela deixa um recado especial para todos os alunos que querem seguir os seus passos. “Dedique-se e seja melhor hoje do que ontem. Não se compare com o outro, pois não sabemos pelo que o outro passou para estar onde está. O que sabemos é a nossa trajetória, cada passinho, cada obstáculo, cada conquista, o esforço para chegar aonde estamos hoje. Então olhe para si mesmo, com orgulho e gratidão, e amanhã faça melhor que hoje. Não se deixe ser corrompido. Esforce-se e faça o melhor de si. Deixei por último o que acho mais importante: tenham fé, Deus guia nosso caminho!”.

     

    Marcela e sua turma do CSA em 2006

     

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    Comments (2)

      • Rafael
      • 8 de fevereiro de 2023 at 21:24

      Muito orgulhoso, Marcelinha!!! Parabéns!!!

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    • História incrível, parabéns por todas conquistas!

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